quinta-feira, 25 de março de 2010

CONTO: Sinal Fechado


Aluno: Bartolomeu 4ª fase B












Era duas horas da tarde, ela estava dirigindo seu carro importado em uma avenida na grade cidade do Rio de Janeiro, ela mal olhava para os lados para não ver aquele menino de pés descalços, roupas rasgadas, pele suja e em suas mãos caixinhas de balas para vender quando fechava o sinal.
Sinal fechado, o menino se aproximou do carro e com a voz cançada, semblante abatido, sofrimento estampado no rosto, oferece as balas a madame, ele figindo não ver, olha para o lado contrário. O sinal abriu, ele acelerou o carro saindo desgovernadamente, ao olhar para o retrovisor, uma sena lamentável, balas espalhadas pelo chão dezenas de pessoas correndo para ver aquela criança estendida no chão com metade da perna esmagada, e na distância do seu carro aquele choro desesperado de uma criança ia desaparecendo. dez anos se passaram, lá estava a madame, dessa vez não em seu carro importado, mas em um corredor de um hospital desesperando-se em lágrimas com seu filho estendido em seus braços a beira da morte, clamava por socorro.
Naquele mesmo corredor um homem de passadas lentas todo de branco se aproximava, era o único médico que poderia ajudar aquela criança, e ele estava indo embora depois de um plantão cansativo. Ao ver aquela criança sofrendo nos braços de sua mãe, pega a criança em seus braços e com suas passadas lentas dirige-se a sala de emergência e com muita dedicação salva a vida da criança.
A mãe muito agradecida abraça o médico, e logo pertunda: - Por que tem passadas tão lentas? Ele levanta a cabeça e responde: - Uso uma perna de borracha, pois sou aquela criança que há dez anos atrás chorava de dor ao perder parte da perna quando tentava ganhar alguns trocados vendendo balas em uma avenida do Rio de Janeiro.

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