domingo, 23 de outubro de 2011

Dicas reforma ortografica - Editora Saraiva

Por: Editora Saraiva
Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa Em 29 de setembro de 2008, foi oficializada pelo presidente Lula a reforma ortográfica brasileira. As novas regras ortográficas estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009 e devem ser completamente implementadas até 2011.

Confira em tabelas as principais mudanças da Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.

ALFABETO Como era NOVA REGRA Como será
O alfabeto era formado por 23 letras, mais as letras chamadas de ‘especiais’ k, w, y. O alfabeto é formado por 26 letras. As letras k, w, y fazem parte do alfabeto. São usadas em siglas, símbolos, nomes próprios estrangeiros e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano.
TREMA Como era NOVA REGRA Como será
agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça O trema é eliminado em palavras portuguesas e aportuguesadas. aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça
O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano, hübneriano.

Acentuação
ACENTUAÇÃO Como era NOVA REGRA Como será
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio (forma verbal), heróico, paranóico Não se acentuam os ditongos abertos -ei e -oi nas palavras paroxítonas. assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio (forma verbal), heroico, paranoico
• O acento nos ditongos -éi e -ói permanece nas palavras oxítonas e monossílabos tônicos de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis. • O acento no ditongo aberto –éu permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu.
enjôo (subst. e forma verbal), vôo (subst. e forma verbal), corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo Não se acentua o hiato -oo. enjoo (subst. e forma verbal), voo (subst. e forma verbal), coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo
crêem, dêem, lêem, vêem descrêem, relêem, revêem Não se acentua o hiato -ee dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados ( 3a p. pl.). creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem
pára (verbo), péla (subst. e verbo), pêlo (subst.), pêra (subst.), péra (subst.), pólo (subst.) Não se acentuam as palavras paroxítonas que são homógrafas. para (verbo), pela (subst. e verbo), pelo (subst.), pera (subst), pera (subst.), polo (subst.)
• O acento diferencial permanece nos homógrafos: pode (3a pessoa do sing. do presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3a pessoa do pretérito perfeito do indicativo). • O acento diferencial permanece em pôr (verbo) em oposição a por (preposição).
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, obliqúe Não se acentua o -u tônico nas formas verbais rizotônicas (acento na raiz), quando precedido de g ou q e seguido de -e ou -i (grupos que/qui e gue/gui). argui, apazigue, averigue, enxague, oblique
baiúca, boiúna cheiínho, saiínha feiúra, feiúme Não se acentuam o -i e -u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo. baiuca, boiuna , cheiinho, saiinha, feiura, feiume

Hífen
ACENTUAÇÃO Como era NOVA REGRA Como será
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, infra-renal, ultra-romântico, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes se duplicarem. antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, infrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, semirreal, semissintético, suprarrenal, suprassensível
• O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter, terminados em -r, aparecem combinados com elementos também iniciados por -r: hiper-rancoroso, hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente, super-revista etc.
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente. autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado
• Esta nova regra normatiza os casos do uso do hífen entre vogais diferentes, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: antiaéreo, antiamericanismo, coeducação, agroindustrial, socioeconômico etc. • O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por -h: ante-hipófise, anti-herói, anti-higiênico, anti-hemorrágico, extra-humano, neo-helênico, semi-herbáceo, super-homem, supra-hepático etc.
antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual. anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-imperalista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
• Estes compostos, anteriormente grafados em uma única palavra, escrevem-se agora com hífen por força da regra anterior. • Esta regra normatiza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na língua em compostos como: auto-observação, contra-argumento, contra-almirante, eletro-ótica, extra-atmosférico, infra-assinado, infra-axilar , semi-interno, semi-integral, supra-uricular, supra-axilar, ultra-apressado etc. (Nestes casos, o hífen permanece.) • No caso do prefixo co- , em geral, não se usa o hífen, mesmo que o segundo elemento comece pela vogal o: cooperação, coordenar.
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento Não se emprega o hífen em certos compostos em que se perdeu, em certa medida, a noção de composição. mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque, paravento
• O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação e constituem uma unidade sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi, formiga-branca etc.

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